quinta-feira, 10 de março de 2016

Soneto da inconfiabilidade dos poetas

Quem há de dar-se completa,
De entregar-se de verdade,
Se conhecer a maldade
Que sempre existe num poeta?

Quem será tão sem razão
A ponto de acreditar
Que um poeta possa guardar
Compostura ou discrição?

Ele, com sua linguagem,
Mencionará uma viagem
Da qual voltou com uma estrela:

Terá nome de mulher,
Para poder, quem quiser,
Sem erro reconhecê-la.

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