domingo, 6 de março de 2016

Soneto levemente glaucomattosiano

Cantaste o amor, sua essência,
Sua beleza louvaste,
Suas graças exaltaste
E sua magnificência.

Chamando-o de ser divino,
Tu, para melhor louvá-lo
E para melhor cantá-lo,
Para ele fizeste um hino.

Defendeste-lhe o pudor
Com zelo e vigor insano
Só para hoje constatar

Que esse teu excelso amor
Jamais foi mais do que um cano
Ansioso por gotejar.

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