sexta-feira, 29 de abril de 2016

Soneto da frivolidade do amor

O amor, nos primeiros meses,
É todo dedicação,
É todo pura afeição,
É todo gestos corteses.

Gentil, cordato, obediente,
Tudo que dele queremos
Sem nenhum esforço obtemos,
Tudo ele nos dá, contente.

Assim é. Depois, porém,
Que ele cativo nos tem,
Parece se arrepender.

Já não lhe importa se estamos
Vivos ou se nos achamos
A dois passos de morrer.

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