quarta-feira, 20 de abril de 2016

Soneto em que o amor figura como réu

Pesados todos os fatos
E todos os argumentos,
E os bons e os tristes momentos,
Sejamos ao amor gratos.

Quaisquer que sejam os atos
Passíveis de julgamentos,
Se formos os dois isentos,
Se nos mostrarmos sensatos,

Concluiremos certamente
Que, se o amor nos enganou
E traiu perversamente,

O que ele deu a nós dois
Muito mais que compensou
O que nos tirou depois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário