segunda-feira, 6 de junho de 2016

Soneto do que devemos preservar

Não nos gastemos assim.
Alguma coisa de nós,
Ainda que um fio de voz,
Conservemos para o fim.

Saudemos o sol, cantemos
Com toda a nossa poesia
As excelências do dia,
E o dom da vida exaltemos.

Façamos isso, mas não
Entreguemos ao verão
Nossa energia total.

Que nos sobre algum alento
Para amaldiçoar o vento
Em nosso inverno final.

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