domingo, 18 de setembro de 2016

Soneto dos falsos réus

Um dia talvez saibamos,
Por mais que possa tardar,
Com precisão avaliar
Onde foi que nós erramos.

Ou talvez nós descubramos,
Depois de tudo pesar,
Que nem chegamos a errar,
Apenas nos enganamos.

Desde quando o amor morreu,
Nos acusamos, tu e eu,
De tê-lo feito morrer.

E se ele tiver morrido
Porque o amor só faz sentido
Com prazo certo de ser?

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