quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Um trecho de Marcelo Mirisola

"(...) Isso tudo e as unhas brancas da professorinha cravadas na minha nuca e e me empurrando para baixo, o pau duro e a desnecessidade de aprender a falar, escrever e/ou 'acompanhar a classe'. Em 1977, portanto dois anos depois de eu ter endurecido o pau pela primeira vez, Clarice Lispector ia morrer incendiada em si mesma, esgotada e, desgraçadamente, olhando pro chão."

(De O azul do filho morto, Editora 34.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário