quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Soneto do bem-viver (para Celina Portocarrero, Liberato Vieira da Cunha e Mariana Ianelli)

Se houvéssemos compreendido,
Desistiríamos já
De buscar algum sentido
Onde nenhum sentido há.

De onde viemos, aonde vamos,
De que nos vale saber?
Que bem viver nós saibamos
E que deixemos viver.

Nem a brisa se preocupa
E nem a rosa se ocupa
Em conhecer de onde vêm

Ou aonde depois irão.
Se amam, se tocam, se dão,
Como lhes cabe e convém.

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