quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Soneto do Juízo Final

Amor, no Juízo Final,
O que dirás de tuas culpas,
Quais serão as tuas desculpas,
O que farás, afinal?

Que argumentos usarás,
Quando te forem arguir,
Para virtude atribuir
A todas tuas ações más?

Não te preocupes, não temas,
Não busques estratagemas.
Eu, que tudo teu amei,

Se for chamado a depor,
Podes ficar certo, amor:
Eu não te condenarei.

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