quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Um trecho de Henri-Frédéric Amiel

"O amor sublime, único e invencível, leva direto à beira do grande abismo, porque fala imediatamente do infinito e da eternidade. É eminentemente religioso. Pode mesmo tornar-se religião. Quando tudo ao redor do homem oscila, treme, vacila e se obscurece nas longínquas obscuridades do desconhecido; quando o mundo não é mais que ficção e magia, e o universo mais que uma quimera, quando todo o edifício das ideias se desvanece em fumo e todas as realidades em dúvida se convertem, que ponto fixo pode restar ainda ao homem? O coração fiel de uma mulher."

(De Diário íntimo, tradução de Mário Ferreira dos Santos, publicado pela É Realizações Editora, Livraria e Distribuidora Ltda.)

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