terça-feira, 7 de março de 2017

Marinheiro (para Ana Farrah Baunilha)

"Era uma mulher estranha, eu lhe digo. Parecia um marinheiro. Tinha tatuagens em todo o corpo. Sua voz era de capitão bêbado. Na boca, cheiro de rum e palavras de marujo. Nunca dormi com ela, tive medo. Mas quem dormiu disse que, na cama, parecia um peixinho de plástico, dócil entre as mãos de um menino, fácil de tirar do balde e de repor."

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