sábado, 19 de agosto de 2017

"Um pátio", de Jorge Luis Borges

"Com  a tarde
cansaram as duas ou três cores do pátio.
Esta noite, a lua, o claro círculo,
não domina seu espaço.
Pátio, céu canalizado.
O pátio é o declive
pelo qual se derrama o céu na casa.
Serena,
a eternidade espera na encruzilhada de estrelas.
Grato é viver na amizade escura
de um saguão, de uma parreira e de uma cisterna."
(Tradução de Glauco Mattoso e Jorge Schawartz, Fervor de Buenos Aires, Editora Globo.)

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