sábado, 21 de outubro de 2017

Soneto do meu tirano (para Celina Portocarrero e Marisa Lajolo)

Eu, que do amor sou vassalo,
Se cometo algum pecado,
Não é o de não celebrá-lo,
É louvá-lo demasiado.

Tenho sido um bom cantor.
Desde que a ele me afeiçoei,
Só o chamo de meu senhor,
De majestade e meu rei.

Podendo me desmentir,
Provou o amor a nobreza
Que persisto em lhe atribuir:

Como escravo me mantém,
Conserva minha alma presa
E meu coração também.

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