segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Soneto de como o amor me pagou

Do amor eu fui um vassalo.
Tratei-o sempre a contento,
Nasci para dar-lhe alento
E vivi para louvá-lo.

Fui seu cão, seu cavalo,
Fui sua rês, seu armento,
Fui seu pão, fui seu sustento,
Sua consolo e seu regalo.

De mim o amor se valeu,
De mim o amor se preencheu,
De mim o amor se nutriu.

Quando de mim se fartou,
Sem titubear me mandou
À vaca que me pariu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário