quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Banho-maria
Os pouquíssimos leitores, três, ou dois, ou um, que talvez acompanhem este blog desde 2010, devem ter notado que ultimamente eu tenho colocado, entre os textos novos, alguns antigos. Deve ser um tanto de preguiça, mas é mais provável que seja só outra demonstração de que me agradam as coisas tristes. As melhores coisas tristes são aquelas que têm o tempo exato para assim se tornarem. Depois de quatro anos escrevendo aqui, diante deste micro e desta janela, descobri, sem nenhum esforço, que meu tema sempre foi um só e, se tenho tentado ser digno dele, sinto às vezes o desejo de ver que palavras eu usava então, para que as de hoje, embora talvez mais conscientes, não desmereçam, exatamente por essa consciência e maturação, aquelas que tão puras me vinham, como se fossem as gotas inaugurais de uma fonte.
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Não tem problema, Raul. Pode ter certeza de que és digno do tema.
ResponderExcluirFernando, acho, com meu olhar talvez bem passadista, que o único assunto da poesia deveriam ser sempre as peripécias do amor.
ResponderExcluirOlha, conheço editores(as) que discordariam de você... hahahah!
ResponderExcluirÉ, Fernando, você está certo: dez entre dez editores discordariam. O triste é saber que nove entre dez poetas entrariam nesse time: o amor como tema poético já há algum tempo (um século, pelo menos) anda indefensável.
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