O homem precisou olhar duas vezes para o rapaz que tinha um grande curativo no rosto para reconhecer nele o mesmo que, uma semana antes, ali no metrô, sorria a todo instante para exibir o júbilo de estar com o braço colocado no ombro de uma garota esplendidamente bela. Quando olhou pela terceira vez, o rapaz, julgando que era um olhar de simpatia, sorriu para o homem, que viu então, com satisfação dobrada, que também o sorriso de triunfo havia sofrido, naqueles sete dias, a deserção de dois dentes.
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