Ao ver que a mulher ia mesmo embora para nunca mais, o homem se pôs na frente do carro dela, ergueu os braços como se fosse um guarda de trânsito e, como última cartada, ameaçou: "Vera, pensa bem, que eu me mato." Precisou saltar para o lado quando Vera, que ele amava por ser impulsiva e estouvada, acelerou o carro. Sozinho na noite e na chuva, caminhou sem rumo, com uma melancolia e um sentimento de perda que ainda não sabia avaliar, mas que lhe pareciam menos pungentes que os de cinco meses antes, quando havia jurado se matar ao ser abandonado pela serena Mariana.
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