No metrô, depois de abrir o jornal e ler que o mundo acabaria em 2012, ele olhou triunfalmente para os alucinados colegiais, que se estapeavam, assobiavam, rugiam, arrotavam e extravasavam estupidamente sua juventude, e sentiu ser justo que eles tivessem tão pouco tempo de vida, não lhe ocorrendo ficar com pena nem da mocinha loira que lhe havia cedido o lugar, porque sabia que ela, assim como todas as outras faziam sempre, o ridicularizaria e talvez até chamasse um guarda se ele se atrevesse a chamá-la de bonitinha.
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