Se lhe falavam de amor, ele entreabria um sorriso, tirava os óculos, piscava e, depois de alguns momentos em que seu rosto parecia remoçar vinte anos, punha de novo os óculos, através de cujas lentes se via o indício de duas lágrimas, e dizia baixinho "o amor...", enquanto as rugas voltavam a se desenhar, ali onde tinha estado o breve brilho da memória.
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