Não enlouqueceu, como pretendia, nem morreu, como desejou. Continuou apertando contra o peito a aguçada ponta da tristeza, mas, ainda que todo dia a cravasse com mais força e a empurrasse para dentro, sangrava mas não morria. Seus olhos insistiam em permanecer abertos, talvez pela lembrança de felizes manhãs, e o coração batia ainda, como se estivesse num longínquo dia de um antigo calendário.
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