Assim como nos vem repentinamente o trecho de uma música que ouvimos pela última vez vinte ou trinta anos antes, há palavras que ficam dormindo muito tempo em nossa memória e, certo dia, sabe-se lá por quê, ressurgem e nos censuram pelo exílio a que as submetemos. Foi uma palavra assim, bem antiga, que assombrou ontem de manhã um homem no parque. Ela veio e, um instante depois, como uma demonstração de que era injusto o homem tê-la esquecido, apareceu uma mulher muito bela, correndo pela pista de cooper e balançando as tranças ao sol de quase meio-dia. A palavra era magnitude, e a mulher a merecia.
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