Amava-a com exagero e proclamava essa paixão com um megafone todas as manhãs, quando se aproximava da casa dela e gritava seu nome, o que era facilitado pela circunstância de vender produtos de limpeza em seu pequeno caminhão. "Cândida! Cândida!", ele apregoava ao chegar à rua dela e, para que não houvesse dúvida, acrescentava "Te amo! Te amo!" e punha para tocar uma música que só aquele quarteirão, em todo seu percurso diário, tinha o privilégio de ouvir.
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