Para que eu fosse capaz de louvar-te como mereces, Deus me enviou um passarinho de bico açucarado que encarcerei no peito, obrigando-o todo dia a cantar com maior sentimento. Ouviste os cantos e foi como se não os tivesses ouvido. Mantenho porém engaiolado o pásaro, movido pela esperança de que venha a aprender enfim sons que te comovam, e incitado também pelo espírito de represália que ele fez nascer em mim, por ainda não haver conseguido.
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