Eu tinha dois anos e meio no dia em que Virginia Woolf se deixou levar pelo rio Ouse. Eu estava em São Paulo e não sei o que fazia em 28 de março de 1941, mas gostaria de ter sido um garoto inglês que, passeando pela margem do rio, pudesse miraculosamente desviar Virginia do caminho que traçara e fazê-la, quem sabe, pegar no bolso as pedras que havia reservado para a sua última viagem e estendê-las a mim, para que com elas brincássemos.
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