Nos sonhos, era ousado. Declarava-se a mulheres imensas, fellinianas, e arquejava em seus braços, e era sufocado pela opulência dos seus seios e, subjugado, proclamava-se subjugador. Quando acordava, antes de ir para o trabalho, por alguns instantes achava-se poderoso, e conquistar o mundo parecia-lhe fácil até o momento, diariamente repetido, em que passava pela recepcionista do escritório, uma garota magra e pálida, e, sem coragem de olhar para ela, sentia o rosto arder de pudor ao lhe desejar um bom dia.
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