Olha para o sol com a melancolia de quem descobriu, pelos envelopes que traz na mão, que logo lhe será negada essa alegria simples, essa mornidão da tarde, esse atravessar a rua como os outros, sem que sequer pressintam nele algum sinal de coisa nenhuma que não seja vida, essa vida saudável que ele ainda aparenta, porque ninguém sabe o que há nos envelopes que segura e com os quais entrará no metrô, também sem levantar uma suspeita.
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