A menina deitou seu baldinho vermelho e colheu um resto de onda que tinha vindo desmanchar-se em espuma na praia. Olhou para o mar imenso e, embora fosse a primeira vez que o fazia, não teve medo dele e o encarou com todo o orgulhoso desafio que seus cinco anos podiam expressar. Conservou esse sentimento de superioridade em relação ao mar até o último dos seus dias, aquele em que, vinte e cinco anos depois, foi a única morta entre as centenas de passageiros de um navio que colidiu com outro, a duas milhas da praia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário