Queria ainda uma vez, mesmo que fosse em sonho, entrar num cabaré, beber, dançar com as mulheres de aluguel ao som daqueles boleros que parecem ter sido feitos pelo Diabo para atiçar a própria luxúria, depois sair com a mais espalhafatosa das bailarinas num táxi habituado ao roteiro dos hotéis envoltos no cheiro pecaminoso da madrugada e entregar-se à doce devassidão. Sentado na cadeira de rodas, ocorria-lhe sempre esse pensamento: queria ainda uma vez, mesmo que fosse em sonho, entrar num cabaré.
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