Fazia dez anos que era varredor de ruas quando, certa manhã, encontrou uma estrela. Era pequena, uma filhotinha, mas sem dúvida uma estrela, pois que nela havia fiapos de nuvens e a marca de um beijo da lua. Ele a acomodou na pá, embora evidentemente não fosse um lugar digno para ela, e foi tocar a campainha da casa do poeta, que decerto gostaria de vê-la. O poeta, porém, acordando de mau humor, disse que só lhe interessavam as estrelas verdadeiras, as que ele mesmo criava com sua imaginação e talento, e fechou violentamente a janela.
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