Virão a me chamar de gagá, se já não me chamam, mas eu não me importo: se o meu coração cismou de se achar jovem, posso negar-lhe a alegria de me ver tomar um sorvete de palito na Paulista, de assobiar como um moleque na Augusta, de escrever sonetos açucarados que me fazem ser seguido pelas abelhas e de, no meio do temporal, abrir não um guarda-chuva, mas a boca para a água das nuvens e os olhos para o assombro do arco-íris?
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