Talvez algum dia tenha recebido uma insinuação sobre qual seria o sentido da vida: uma frase, uma ideia, um pensamento. Mas esteve tão ocupado, sempre, em lidar com o amor que, se essa insinuação foi feita, ele a perdeu, por estar permanentemente cativo de uns olhos verdes, ou azuis, ou negros, ou castanhos, que o levaram a paraísos onde querer conhecer o significado da vida seria uma tolice tão grande quanto perguntar a uma cereja a origem, a essência e a finalidade da sua doçura. Ele não perguntou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário