Na Angélica, o homem triste viu passar uma moça que, ou pela imaginação dele ou pelo sorriso dela, ele juraria que estivesse indo ao encontro de um rapaz muito amado. Ele, que havia perdido até a última nau numa recente calamidade amorosa, sentiu o coração convulsionado e, com um altruísmo que não julgava ter, ficou torcendo para que sua suposição estivesse certa e para que à espera da moça houvesse mesmo um rapaz e o dia fosse tão feliz para os dois que, em 2015 ou 2020, ambos, juntos ou separados, pudessem suspirar, gratos: "Ah, foi exatamente há cinco anos, há dez anos, nunca vou esquecer, no dia 18 de novembro de 2010."
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