Andava pela rua das mulheres e sentia-se como na época em que, menino, ficava diante dos doces de uma confeitaria. Apalpava as notas no bolso. Precisava certificar-se de que continuavam lá e de que no momento exato e bem-aventurado lhe dariam acesso à escada malcheirosa que o conduziria ao quarto sujo onde sob uma lâmpada de luz baça, crivada de excrementos de mosca, agonizaria longa e deleitosamente. Era feliz. Não conhecia o amor, só as convulsões do sexo.
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