Um violino vem e fere a tarde na jugular, naquele instante em que a noite, para reivindicar seu domínio, impõe o sacrifício do sol, aquele fanfarrão que, não tendo a oferecer senão seu enfadonho drama de todos os dias, se acaba em sangue e dá lugar às estrelas, à lua, aos pirilampos e às luzes dos navios, indicando às mulheres que seus amados estão a caminho, com a fome e a sede espicaçadas por meses no mar.
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