Ela recolheu o gatinho numa madrugada de frio e chuva, depois de ele arranhar sua porta e implorar muito. Ele estava arrepiado, faminto, quase morto. Ela cuidou dele, dia após dia, deu-lhe leite, que no início ele mal conseguia engolir, e carinho. Levou-o ao veterinário e, na ficha, registrou seu nome: Querido. O gatinho foi crescendo, tornou-se forte. Quando ele começou a arranhá-la e a mordê-la traiçoeiramente, ela viu que era hora. Numa noite, enfiou-o no carro e o levou para um parque, onde o deixou. Ele estava pronto, agora, para viver no mundo. Ela já estava preparada fazia muito tempo. A ingratidão era sua velha conhecida.
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