Se todo mau poeta resolvesse ter heterônimos, precisaríamos nos refugiar em casa. Em cada quarteirão do mundo haveria pelo menos trinta desses poetastros nos detendo para declamar sua versalhada. E morreríamos estrangulados pelos dedos cor-de-rosa da aurora, esfaqueados pelo aguçado punhal do inverno ou afogados no flamejante sangue do poente.
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