Na tarde em que sepultaram o famoso costureiro, o cachorrinho dele, com a licença outorgada pelos seus cinco anos de convivência com a celebridade, se pôs a urinar em todos os túmulos ao redor e derrubou de um deles um vaso, para beber a água que continha. Por um momento, já que se tratava de um animal aristocrático, imaginou-se que ele pudesse mastigar as flores também derrubadas, mas ele só as cheirou com desdém e as deixou intactas, o que foi atribuído ao fato de serem vermelhas, cor execrada pelo seu finíssimo dono.
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