Era noite e o homem estava já esperando o ônibus fazia vinte minutos, em cada um dos quais o estômago, cada vez mais aflito, lhe tinha dado uma mordida para avisar que não aguentava mais. Comida, comida, ele exigia. Quando outro ônibus passou, e não era o dele, o homem entrou no bar e pediu uma empadinha. Saiu mastigando, bem no momento em que seu ônibus finalmente chegou. Mas ele não subiu, porque estava desinteirado o dinheiro da passagem. Pôs-se a andar para casa, e caminharia os sete quilômetros com maior disposição, se a empadinha não estivesse tão azeda e farinhosa.
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