Ele a beijava de manhã, antes de ir ao trabalho, e à noite, quando voltava. De manhã, um beijo rápido. À noite, muitos, e demorados. Com o tempo, isso passou a não lhe bastar. Faltava um pouco de aventura, de risco, da excitação provocada pelo perigo. Ele agora já a beija na rua, no metrô, no trabalho. Alguns sorriem, outros balançam a cabeça e fazem gestos: é doido. Para evitar isso, ele está aperfeiçoando beijos furtivos. Começou tirando uma cópia da foto. A original, com sua moldura, atrapalhava e chamava muito a atenção.
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