Ao homem não importa mais ter pouco tempo para a vida. Ter pouco tempo para o amor, sim, já o angustiou, mas hoje não mais. Todos os sentimentos para ele estão agora como o fogo que crepita ainda uma vez por um segundo ou dois com tal fulgor que, se um pouco mais intensa fosse a labareda, cegaria todos os olhos humanos caso não se transformasse em cinzas. O amor arderá, se contorcerá numa última reverência e morrerá em completa glória diante do homem, que se sentirá venturoso por dispor desse segundo ou dois, mesmo - ou especialmente - se forem os últimos de sua vida.
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