Felizmente você passará num instante, apressada. Eu me lembrarei de antigas comparações entre você e o sol, da vida e da alegria que você e ele me traziam toda manhã, e pegarei o lenço. Algum pressentimento a fará olhar para trás, mas você, por especial condescendência dos deuses, não reconhecerá o homem que escreve isto agora e que, tendo sido pessimista a vida inteira, imagina como será o dia, daqui a dois ou três anos, em que você passará por mim e não me verá, como na dolorosa canção de Charles Trenet.
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