Tive uma amiga a quem, por algum tempo, mandei todas as manhãs o sol. Não deve ter-lhe agradado a oferenda, porque sempre, no dia seguinte, ele estava de volta, e cada vez mais melancólico. Até hoje ele ainda me chama, todas as manhãs, e me pergunta se não tenho outra amiga a quem possa enviá-lo. Não, não tenho, eu digo, e ele se vai, triste como um gato rejeitado.
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