Nunca mais eu a compararei ao dia. É injusto com ele. Para haver sentido na comparação, seria necessário que o dia tivesse olhos, cabelos, nariz, boca. E que fossem olhos, cabelos, nariz e boca como os seus. E que, quando ele falasse, o vento, sentindo um arrepio gostoso e morno, começasse a fazer voltas em torno das flores do parque. E que as flores imaginassem estar sendo chamadas para compor um buquê de noiva. Seria necessário isso. Mas me diga, amiga, o dia fala?
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