Esteve tão perto da felicidade e a luz dela era tão forte e era tão intensa sua chama que, embora ele fechasse rapidamente os olhos e recolhesse a mão que avançara para colhê-la, nem os olhos nem a mão resistiram à aparição da bem-aventurança. Agora seus olhos lhe pedem todos os dias que os leve de novo a contemplar aquela suprema magnificência, enquanto a mão intacta o censura por ele não a ter aproximado também do fogo, que deixou na outra mão a dourada marca que a faz recusar-se a ficar no bolso, para mostrar, sempre e sempre, que ela foi a eleita para tocar aquilo que todo homem busca desde o primeiro até o último de seus dias.
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