Apiedou-se da menina que, numa casa da sua rua, implorava pelo pai, pela mãe, por Deus e continuou a ser surrada por um, por dois ou pelos três. Quando o choro e os agudos lamentos cessaram, ele olhou o relógio: tinha se passado uma hora - uma eternidade para quem sofre. Com um sorriso de autocomiseração, pensou qual seria o conceito de eternidade adequado a ele, vergastado não por uma hora, mas por um ano, pelo mais cruel de todos os flagelos humanos: o amor.
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