Coloque o amor para ferver em fogo brando na panela. Sente-se na sala, o mais perto possível da cozinha, de preferência numa penumbra amistosa que não impeça a leitura de um poema de Emily Dickinson. Virá aos poucos até você uma névoa aromática feita de tênues fios dourados, como os do algodão-doce. No centro dela estará algo que nenhum retrato falado feito pela alma precisará identificar como um anjo. Se não vierem nem a névoa nem o anjo, não culpe nem o amor nem Emily Dickinson.
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