Pegou a mão da mulher como se fosse um gesto simples, casual, e virou a palma para cima. "O que é?", perguntou ela, "você vai me fazer cócegas?" Ele disse que não, que ia ler a sorte dela, mas naquelas linhas o que ele pretendia, mesmo, era encontrar algo que o tranquilizasse. Receava ver ali a previsão de uma viagem longa que o destino houvesse programado para ela num navio branco, muito branco, que deslizasse pelo mar como um cisne e cujo capitão fosse um empertigado espanhol de olhos azuis e cabelos de derramado ouro, que nem o boné conseguisse disfarçar.
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