Acreditaram que fosse amor e o trataram como se fosse. Além de água deram-lhe leite, para que mais forte crescesse, preocuparam-se com ele nas noites geladas de junho. E no calor de dezembro, se acaso brisa não havia, sopravam sobre ele mansamente e aproveitavam para sussurrar-lhe palavras de afeto. Apesar de tudo que fizeram, um dia ele apareceu morto e, porque acreditavam que um legítimo amor ele fosse, enterraram-no com todas as honras e todas as lágrimas que tinham.
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