Se eu fosse um gato, te arranharia toda vez que deixasses de olhar para mim. Te arranharia muito, sempre, até o dia em que percebesse que não olhar para mim tivesse passado a ser um pretexto teu para merecer meus arranhões. Desse dia em diante, seria necessário que eu, para não tornar monótono nosso jogo amoroso, encontrasse outra forma de te castigar - talvez me aninhando em tua axila mais sensível e, com a língua de aspereza imune a qualquer leite matinal, começando a fazer cócegas até que me jogasses longe, para que, enquanto eu não voltasse, recuperasses o fôlego para nova sessão de cócegas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário