Para a mulher que o esperava num dos bancos da praça ele colheu uma flor vermelha da árvore que, sete dias antes, tinha escolhido para ser aquela em que se penduraria pelo pescoço com uma corda. Como havia feito na semana anterior, olhou o mais grosso dos galhos, dessa vez sem a preocupação de calcular se ele resistiria ao seu peso e o livraria do fardo que agora não o oprimia mais. Caminhando com a flor na mão para o centro do parque, disse baixinho e com reverência o nome da mulher que, em sete dias, com um telefonema o tinha feito ficar a um salto da morte e, com outro, o deixava agora a alguns passos da vida.
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